Raciocínio Lógico para Concursos PDF – Guia definitivo
Raciocínio lógico é uma disciplina presente na maioria dos concursos públicos do Brasil, por isso, merece atenção especial na hora dos estudos. Sendo assim, trazemos um conteúdo sucinto e prático que aborda de forma didática o Raciocínio Lógico para Concursos.
É preciso ter em mente que estudar raciocínio lógico exige um cuidado especial, e a utilização de ferramentas mentais diferentes daquelas que você utiliza nas demais disciplinas como no Direito ou no Português, por exemplo.
Quando você entende que raciocínio lógico é uma disciplina diferenciada, e por isso exige um método distinto de preparação, você começa a alcançar o desenvolvimento necessário para acertar o máximo de questões na sua prova.
Portanto, neste artigo veremos métodos, conhecimentos e ferramentas para começar a deslanchar nos estudos e ter grandes resultados e por consequência nas provas de concurso. Além disso, encontraremos informações que facilitarão os estudos e assim, ter ânimo para estudar.
Vamos lá? Força e foco nos estudos que a aprovação vem!
O que cai de Raciocínio Lógico em Concurso Público?
Primeiramente vamos entender o que é raciocínio lógico. De acordo com o professor renomado Irving Copi, o estudo da lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto.
Sendo assim, este estudo proporcionará ao estudante técnicas e métodos de fácil aplicação para determinar a correção ou a incorreção de todos os raciocínios, inclusive os próprios. Ao estudar raciocínio lógico, você está estudando a possibilidade de um pensamento ser correto ou incorreto.
Nos concursos públicos, por exemplo, para facilitar essa análise, existe um método famoso que substitui expressões verbais por símbolos. É como se você estivesse fazendo contas com a linguagem.
Ou seja, em vez de perguntar quanto é 1 + 1?, como uma prova de matemática, a prova de raciocínio lógico pergunta: Todo cachorro é azul. Totó é um cachorro. Posso dizer que Totó é azul?
Substituindo “cachorro”, “azul” e “Totó” por símbolos você chegará a um “resultado”.
No nosso dia a dia falamos muitas vezes que algo “não tem lógica”. Quando dizemos isso queremos nos referir a pensamentos incorretos. Estudar lógica é justamente aprender os métodos necessários para detectar esses pensamentos incorretos (chamados de “falácias”).
Muito bem, mas o que efetivamente é cobrado nas provas de concurso sobre raciocínio lógico?
Dois assuntos muito frequentes nas provas de concurso, se trata das noções de lógica e lógica das situações. Esses conceitos também são introdutórios no RLM (Raciocínio Lógico Matemático) e essenciais para garantir um entendimento mais concreto sobre outros assuntos derivados, como:
Ao estudar Raciocínio Lógico para Concursos, é indispensável aprender a utilizar as tabelas de verdade. Elas são ferramentas muito eficientes para responder a prova do seu concurso, possibilitando identificar se um grupo de proposições é verdadeiro ou falso.
Esse grupo de proposições é chamado de proposição composta. Por exemplo: O céu é azul e o mar é vermelho.
Considerando que a proposição “o céu é azul” é verdadeira e que a proposição “o mar é vermelho” é falsa, podemos dizer que a proposição completa é falsa.
Isso porque a segunda proposição “o mar é vermelho”, traz uma falsidade à proposição composta. Dessa forma, a tabela de verdade vai permitir que você faça essa análise sem precisar pensar nem analisar muito.
Contudo, para os seus estudos preparatórios você deve sempre se guiar pelo edital de abertura do concurso. O documento indicará todos os pontos a serem estudados na disciplina, você pode se orientar também pelas provas anteriores da banca.
O que você precisa saber sobre questões de raciocínio lógico é que elas não costumam variar tanto assim, sendo basicamente adequações de modelos já cobrados anteriormente.
Qual o segredo do Raciocínio Lógico?
A partir de agora, desvendaremos o grande segredo para obter sucesso na resolução de questões de raciocínio lógico. Vamos lá?
O grande segredo é nada mais nada menos que a prática! É isso mesmo, a prática.
Praticar lhe ajuda a absorver e usar com facilidade todos os conhecimentos de raciocínio lógico que você precisa para resolver as questões no momento da prova.
O legal é que, quanto mais você pratica raciocínio lógico, mais sua capacidade de aprendizado irá melhorar, inclusive para as demais disciplinas. O bom candidato em raciocínio lógico tende a se dar bem em todas as disciplinas, por isso, inclua o estudo da lógica no seu dia a dia. Pratique o máximo possível!
Então, lembre-se de praticar a resolução de questões lógicas durante os estudos!
Como sair bem em testes de Raciocínio Lógico?
Tendo em mente que a resolução de questões de Raciocínio Lógico para Concursos é uma habilidade necessária para quem vai prestar uma grande prova. É importante ter em mente que nem todas as perguntas são simples e podem ser respondidas com um modo rápido de pensar.
A seguir veremos sobre cada uma.
Proposição
Uma proposição é a afirmação de que algo é verdadeiro. Após analisarmos qualquer proposição, podemos defini-la como verdadeira ou falsa.
Mas atenção, proposições não são frases. Usamos frases para exprimir proposições, mas nem toda frase é uma proposição. Por exemplo, ordens e perguntas geralmente não contêm proposições. A frase “compre o carro!”, é uma frase, mas não é uma proposição, porque não afirma que algo é verdadeiro.
Uma proposição é uma frase como “você comprou o café”. Mas, por quê? Porque ela pode ser definida como verdadeira ou falsa. Tranquilo até aqui?!
Argumento
O argumento é um conjunto de proposições que utilizamos para provar algo. Veja a seguir um exemplo:
“Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.”
Podemos considerar que este é um argumento correto, pois está logicamente adequado.
Premissas e conclusão
As premissas são as proposições em que se baseiam determinados argumentos. Já a conclusão é a proposição final do argumento, que é afirmada após a relação lógica entre as premissas. Veja o exemplo:
“Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.”
A conclusão é:
“Logo, Sócrates é mortal.”
Viu só como é simples?!
Agora, vejamos mais algumas dicas para sair bem nos testes de raciocínio lógico.
A primeira delas é que você precisa conhecer, aliás decorar as estruturas lógicas. Veja a seguir sobre as estruturas lógica:
O que são estruturas lógicas?
Os problemas de lógica são formados por afirmações (verdadeiras ou falsas) chamadas de proposições, como nós já vimos. Um dos macetes para resolver questões de raciocínio lógico é conhecer algumas estruturas, expostas por meio de símbolos chamados conectivos lógicos, são eles:
Conjunção (^ ou a letra “e”)
Aqui, duas proposições se unem para formar uma terceira. Ela só será verdadeira se as duas forem verdadeiras.
Exemplo: “O número 12 é par e 14 é maior que ele.”
Assim, para representar essa operação utilizamos o símbolo ^ ficando: p ^q, ou seja, “p e q”.
Disjunção (v ou a expressão “ou”)
Diferentemente da anterior, a disjunção, terá um resultado verdadeiro se uma das proposições for verdadeira. É o caso de “17 é ímpar ou 4 é maior que 12”.
Sendo assim, temos a seguinte representação no qual o símbolo utilizado será “v”: p v q, ou seja, “p ou q”.
Viu só, embora a frase acima pareça uma resposta incorreta, já que quatro não é maior do que 12, ela seria a opção certa. Isso porque a disjunção só precisa que uma das afirmações propostas seja real, no caso a primeira, já que 17 é ímpar.
Negação (~ ou “não”)
Na negação, a ideia é mais simples, pois nada mais é do que tornar uma proposição verdadeira, falsa, pelo uso do “não”. Para representarmos essa proposição, temos ~p que significa a negação de p.
Exemplo:
~p – o número três não é ímpar.
p – o número três é ímpar.
Bicondicional (↔ ou “se e somente se”)
Este é conhecido como bicondicional ou equivalência, pois aqui a primeira proposição só será verdadeira se a segunda for verdadeira, ou ambas serão falsas.
Exemplo: 20 é maior que 10 se e somente se três for menor que nove.
Dessa maneira, temos que p ↔ q significa “p se e somente se q”, ou seja, p é condição necessária e suficiente para q.
Condicional (-> ou “se…então”)
Por fim, a condicional é uma relação muito comum na resolução de questões de raciocínio lógico. Ela costuma cair muito! Funciona com base em condição, ou seja, se a primeira proposição for verdadeira, a segunda também será.
Exemplo: Se Ana colocou a sandália, então agora ela está calçada. No caso, o que você deve entender aqui é que ninguém sabe se Ana de fato colocou a sandália, certo?
Então, se nada provar isso, considere a primeira afirmação como incerta e tente atestar se ela é verdadeira ou não com outras partes do texto.
A representação neste caso ficará da seguinte forma: p → q significa “se p, então q”.
Uma outra dica muito importante para se sair bem nos testes de raciocínio lógica é na hora da prova ter calma e realizar uma análise minuciosa do enunciado. Busque os elementos e faça associações aos conhecimentos que você tem sobre matemática.
Não se esqueça de tentar absorver os elementos mais importantes do enunciado. Para compreender uma questão de concurso sobre raciocínio lógico, após analisá-la, você precisa extrair o que tem de essencial para resolvê-la.
Ou seja, separe os dados e informações mais relevantes e anote-os no espaço de rascunho. Dessa forma, será melhor para você se concentrar e encontrar um caminho mais curto até a resolução dos problemas de lógica.
Uma outra possibilidade é olhar para as alternativas. Fazer um processo de eliminação das alternativas erradas também é um dos macetes para resolver questões de raciocínio lógico que vai fazer você chegar mais rápido a uma solução.
Lembre-se também de que o raciocínio pode enganar e dar a entender que uma resposta é a correta, sendo que, ao aplicar os conceitos mais teóricos, é possível concluir que ela é, na verdade, a alternativa errada.
Para tornar os estudos de Raciocínio Lógico mais didáticos indico a utilização de alguns jogos como:
- Sudoku
- Cubo mágico
- Xadrez
- Desafios lógicos
Então tenha em mente: a resolução de questões de Raciocínio Lógico para Concursos exige mais do que um pensamento rápido ou uma visão geral do exposto no texto. É preciso ter calma e raciocinar etapa por etapa.